Dicas de Leitura

Aproveite o carnaval para colocar a leitura em dia

Que tal aproveitar o carnaval para colocar a leitura em dia? A sugestão pode parecer estranha, já que muita gente gosta de cair na folia. Mas quem prefere ficar longe da agitação pode deixar os seus momentos de descanso bem prazerosos ao lado de um bom livro.E já que o clima é de festa, o livro pode seguir a mesma linha. Para celebrar o carnaval, a Editora Scipione reuniu seis contos de alguns dos maiores escritores do Brasil, no livro Histórias de carnaval. “Um dia de entrudo”, de Machado de Assis; “O último entrudo”, de Raul Pompéia; “O meu carnaval”, de Lima Barreto; “O bebê de tarlatana rosa”, de João do Rio; “Uma senhora”, de Marques Rebelo; e “Restos do carnaval”, de Clarice Lispector. Através dessas histórias, conseguimos acompanhar momentos da trajetória do carnaval do nosso país. O livro é uma boa oportunidade para pensarmos em como essa festa, vinda da Europa, adquiriu uma feição tão brasileira.


E pensou em carnaval, pensou no samba. Para os amantes desse ritmo, o livro Partido Alto samba de bamba, de Nei Lopes (Editora Pallas), está dividido em capítulos que tratam da conceituação do samba, das raízes mineiras e baianas, do gênero no chão carioca, do samba rural baiano e do calango do Sudeste, como os principais formadores do partido-alto como ele é hoje.


O livro O país do carnaval, de Jorge Amado (Cia das Letras), é um romance escrito quando o autor tinha apenas 18 anos. A história, apesar do nome sugerir algo alegre, mostra uma narrativa mais séria. O livro conta a história de Paulo Rigger, um jovem filho de fazendeiros que volta ao Brasil depois de sete anos na França. Nos primeiros dias que passa no Rio de Janeiro, Rigger tenta compreender um país onde já não se sente em casa, um país que tenta timidamente superar seu atraso oligárquico e ingressar na era industrial e urbana. De volta a Salvador, ele participa de um grupo de poetas fracassados e jornalistas corruptos que giram em torno do cético Pedro Ticiano, cronista veterano. Todos se sentem insatisfeitos e buscam um sentido para a existência: no amor, no dinheiro, na política, na vida burguesa ou na religião. No romance, as dúvidas e angústias dos personagens espelham a situação do país, que naquele momento passava pela Revolução de 30.

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