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Dona Santa, mulher que teve o Maracatu como vida

Irreverência, criatividade e tradição são três palavras que definem bem o carnaval de Pernambuco. Mas o que seria da festa de Momo pernambucana sem o toque feminino? Com certeza perderia um pouco a magia. O que seria subir e descer as ladeiras de Olinda sem uma boneca gigante? Desde 1937 a mulher do Meio Dia leva sua alegria para os foliões. Mas não é apenas a boneca gigante que tem história no Carnaval.

Entre as personalidades mais representativas está Maria Júlia do Nascimento, que ficou famosa como Dona Santa, a Rainha do Maracatu Elefante.  Dona Santa nasceu em 25 de março de 1877 e foi a mais conhecida rainha dos maracatus do Recife, antes mesmo de ser rainha do Maracatu Elefante, onde ficou famosa. Filha e neta de africanos tinha no sangue o ritmo da zabumba e do “baque virado” do maracatu. Dona Santa foi rainha do Maracatu Elefante durante dezesseis anos, período em que a agremiação teve seu maior destaque.

Elefante se apresentava na segunda-feira de carnaval. Dona Santa desfilava com um vestido à moda européia doséculo XIX, feito de seda, veludo, cetim, bordado com lantejoulas, miçangas e fios dourados. Levava um espadim de metal com o qual abençoava seus “súditos”, além de cetro, coroa, capa de gola alta, sapatos de salto fino, brincos, anéis, pulseiras e broches. Suas cores preferidas eram o amarelo, azul, branco e verde. Dona Santa faleceu no Recife, em 1962, aos 85 anos.

Imagens: Digitalização Fundaj

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