Dicas de Leitura

Leituras sobre o modernista Mário de Andrade

Nesta semana conhecemos um pouco sobe um grande nome das artes no Brasil, Mário de Andrade. Por sua tamanha importância, sugerimos esta semana livros que se referem a este grande autor. A primeira obra é De olho em Mário de Andrade, de André Botelho. A trajetória de Mário de Andrade está profundamente ligada à da moderna cultura brasileira. Líder do movimento modernista, Mário participou da Semana de Arte Moderna de São Paulo, escreveu obras importantes, como Macunaíma, e, acima de tudo, viveu intensamente o espírito modernista nas mais diversas esferas. Nas artes, procurou promover o diálogo criativo entre formas populares e eruditas; a partir da música, estudou e refletiu sobre as mais diversas manifestações artísticas; como intelectual e homem público, experimentou e praticou a tão almejada renovação cultural. Com a ajuda de mais de trinta fotos e pinturas que ilustram a vida de Mário de Andrade, André Botelho apresenta esse poeta, romancista, contista, cronista, fotógrafo, colecionador, pianista, professor e leitor inveterado, que um dia se definiu dizendo: “Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cinquenta”

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Por falar em Macunaíma, a segunda sugestão é justamente esta grande obra de Mário de Andrade. Neste romance de 1928, o poeta modernista constrói um anti-herói aos moldes do povo brasileiro, Macunaíma é um herói sem caráter que saí de uma tribo amazônica para morar na cidade grande, símbolo de um povo que não encontrou a sua própria identidade. A obra é considerada por muitos críticos como um indianismo moderno além de ser escrita sob a ótica cômica, ela revela o multiculturalismo brasileiro.

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Por fim, a indicação é a publicação Correspondência – Mario de Andrade e Henriqueta Lisboa, organizado por Eneida Souza. A correspondência de Mário de Andrade com a poeta mineira Henriqueta Lisboa – aqui apresentada na bela e minuciosa edição de Eneida Maria de Souza – resgata uma das funções mais antigas do ato de escrever cartas: o exame de consciência. No projeto epistolar de Mário de Andrade, as cartas trocadas entre ele e Henriqueta durante os seis últimos anos de sua vida se destacam principalmente por dois motivos: o ritmo intenso da interação entre os dois escritores e o aparente paradoxo de duas personalidades tão distintas, com projetos literários muito diferentes, se abrirem a confidências e reflexões marcadamente pessoais, num nível de franqueza e complexidade raras vezes alcançado até mesmo para quem, como Mário, se dedicou sem sossego ao que chamou de “epistolomania”.correspondencia

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