Dicas de Leitura

Leituras para adquirir muitos conhecimentos

 

As dicas de leitura desta semana estão muito legais. Começando pela obra Anita Malfatti no tempo e no espaço, de Marta Rossetti Batista. Em dezembro de 1917, a exposição de uma pintora pouco conhecida, recém-chegada de temporadas de estudo na Alemanha (1910-14) e nos Estados Unidos (1915-16), provocou um escândalo na cidade de São Paulo, reuniu a sua volta jovens inquietos como Mário e Oswald de Andrade, e transformou-se no estopim do modernismo.

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A trajetória singular de Anita Malfatti (1889-1964) constitui um dos fatos mais intrigantes da arte brasileira no século XX. Desde os anos 60, quando a pintora lhe abriu as portas de sua casa e ateliê, Marta Rossetti Batista rastreou arquivos, bibliotecas e coleções, públicas e particulares, reunindo e cruzando informações, até mapear todas as etapas de sua vida. O resultado desta pesquisa, empreendida durante mais de quatro décadas por esta que é uma das principais historiadoras de nosso modernismo.

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e para quem se interessou pela Semana de Arte Moderna, sugerimos o livro Artes plásticas na Semana de 22, de Aracy A. Amaral.  Publicada pela primeira vez em 1970, esta obra, ricamente ilustrada, chega à sua 6ª edição, revista e ampliada, com atualização bibliográfica e acréscimo, no apêndice, de dois textos de época inéditos em livro. Referência obrigatória no estudo da história da arte brasileira, expõe o contexto que fez da Semana um divisor de águas no nosso panorama cultural. “Referência básica para o estudo do modernismo brasileiro.” (Murnau Di Magalhães, Jornal de Brasília).

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E já que essa semana tivemos o feriado da proclamação da república, a sugestão é Essa tal Proclamação da República, de Edison Veiga. A República foi proclamada em 15 de novembro de 1889. Porém, você sabe o que aconteceu meses antes do fim do Império? Com linguagem irreverente, o autor revela os fatos que antecederam a expulsão de dom Pedro II e da família imperial – como a ascensão da cafeicultura, a promulgação da Lei Áurea, a Guerra do Paraguai, o baile da Ilha Fiscal, a briga entre a maçonaria e a Igreja Católica, a revolta dos militares –, apresenta os personagens que participaram da queda da Monarquia, faz um panorama da sociedade brasileira do século XIX e conta a história dos hinos e da bandeira nacional. Trecho “Nem é preciso ter ido à escola para saber que Cristóvão Colombo colocou o ovo em pé, Pedro Álvares Cabral descobriu o que não estava coberto, dom João VI trouxe a turma toda para viver na colônia de férias tropical, e seu filho, dom Pedro I, disse ao povo que ficaria. E ficou. Por isso, quando resolvi escrever sobre a Proclamação da República, logo imaginei que todo mundo aqui – levanta a mão! – já tivesse ouvido algo sobre o assunto. Ainda que seja somente porque dia 15 de novembro é feriado e não tem aula (êêêêêêêêêêêêê!). Este não é um livro de História, com H maiúsculo. É um livro de histórias, todas minúsculas. Mas a soma delas irá ajudar a compreender um pedacinho da História do Brasil. Por isso convido-o, amigo leitor, a me acompanhar nas páginas que vêm por aí. Será uma verdadeira viagem ao século XIX, quando não existia internet, televisão, rock-and-roll, nem o seu avô.”

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