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A sombra é algo intrigante, não acham? Ela pode estar em diversas posições, dependendo da origem da luz. Ela pode marcar o tempo, nos proteger do sol e até assustar! Na parte da diversão, ela é uma grande aliada. Quem nunca se divertiu fazendo bichos nas paredes com a ajuda de uma luz? Cachorros, aves, coelhos, lobos e outros animais podem ser feitos com a ajuda das mãos. Reunir a família para esta brincadeira estimula a criatividade e a coordenação motora da criança.

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A sombra é muito mais importante para a vida do homem do que nós imaginamos. Elas nos ajudaram a descobrir de que forma acontecem os eclipses, qual o tamanho da Terra e a distância entre os planetas. Foi observando um eclipse lunar, por exemplo, que o filósofo grego Aristóteles chegou à conclusão, em cerca de 350 a.C., de que a Terra não poderia ser plana. Aristóteles argumentava que a sombra projetada na superfície da Lua durante os eclipses era sempre curvada e, por isso, o planeta deveria ter um formato esférico.

Além de dar ao homem a medida do espaço em que vivemos, as sombras também nos fornecem informações sobre o tempo. O relógio de sol, por exemplo, é um fenômeno que comprova a importância da sombra na vida dos homens. Desde remotos tempos que o povo egípcio, ao observar o Sol, percebeu que ele provocava sombra dos objetos. Ao fazer estas observações notaram que ao longo do dia o tamanho das sombras variava. Com isso, o homem primitivo, começou a usar a sua própria sombra para marcar as fases do dia. Logo depois viu que podia, através de uma vareta fincada no chão na posição vertical, fazer estas mesmas estimativas. Estava criado o pai de todos os relógios de Sol, o famoso Gnômon. Ao amanhecer, a sombra estará bem longa; ao meio-dia, estará no seu tamanho mínimo; e, ao entardecer, volta a alongar-se novamente.

Curiosidade

Você sabe por que os prédios em Nova Iorque têm o topo mais fino em relação ao resto da construção? A sombra é a grande explicação. Em 1915, quando foi erguido o primeiro arranha-céu da cidade, o Equitable Building, com 40 andares, a sombra projetada pelo prédio de 166 metros – na época o mais alto do mundo –, cobria quatro quarteirões, escurecia edifícios que o cercavam e deixava sem luz até pequenas fazendas que ainda existiam na região. Os nova-iorquinos não gostaram da ideia de ter uma cidade coberta por sombras e, devido a protesto dos moradores, a partir de 1916, foi criado um plano diretor que exigia que os edifícios passassem a ser projetados com um recuo à medida que os andares ficavam mais altos, levando-se em consideração as sombras que eles não poderiam fazer nos vizinhos. Daí a origem da arquitetura característica da cidade, visível em construções como o Empire State Building, que afina quanto mais alto fica.