Dicas de Leitura

Cultura junina nos livros

Não são apenas as músicas, gastronomia e festas que fazem sucesso no São João. A cultura junina também está registrada em livros. Para comemorar a data, selecionamos alguns títulos para vocês.

Poema do Milho, da escritora Cora coralina (Global editora) – Ana Lins dos Guimarães Peixoto Brêtas, pseudônimo de Cora Coralina, começou a escrever poemas na adolescência. Porém, publicou seu primeiro livro somente ao 76 anos. Poema do Milho é um dos poemas deste seu primeiro livro Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais. A beleza dos versos de Cora Coralina está em expressar as coisas simples e corriqueiras do cotidiano com palavras sabiamente escolhidas. Em Poema do Milho a autora revela, com expressiva naturalidade, o ritual do plantio e da colheita vivido pelo povo da roça. Milho…/ Punhado plantado nos quintais./ Talhões fechados pelas roças. (…) Milho verde. Milho seco. Bem granado, cor de ouro. (…) Milho quebrado, debulhado/ na festa das colheitas anuais. Seus versos, de uma simplicidade marcante, aliada a uma profunda experiência existencial, trazem à tona a possibilidade de refletir sobre questões sociais, entre elas, o uso da
terra.

O Brasil em Festa, de autoria de Sávia Dumont (Companhia das letrinhas) – Carlos Rodrigues Brandão escreve na introdução: “O longo ritual de um boi morto e renascido. Uma festa que lembra guerras e embaixadas de negros fidalgos. Uma dança para um santo violeiro. Uma ‘companhia’ que viaja entre estradas e casas ‘anunciando Santos Reis’. Outra que celebra ‘o Divino Espírito Santo'”. Uma dança antiga do Sul. Uma cerimônia para os orixás do candomblé. O frevo saltitante. Este livro fala, de uma maneira tão simples quanto a gente de quem fala, sobre o que é que nossa gente faz quando folga e quando reza. Quando comemora um dia feliz,
quando lembra uma velha história, quando festeja um santo padroeiro, ou quando
apenas lembra de si mesma. E então canta e dança, come em grupo e acende
fogueira. E então levanta mastros e se enfeita de fitas e cores. Então inventa
músicas que vão passando de festa em festa, de um ano para o outro, de pai para
filho e da avó para a neta. Pois tudo o que está aqui é a parte mais colorida e
mais musical de nossas tradições populares.

Caruaru. Onde o barro virou gente, de Ivan Galvão e Heleno Torres (Ed. Cortez) – Capital do Agreste, Capital do Forró; centro de estudos universitários, dos empreendimentos, das grandes construções.Nascida à beira de um rio, onde perto havia um poço profundo que abrigava grande quantidade de sapos conhecidos como “corurus” ou “cururus”. Ao redor, uma vegetação aquática e rasteira proliferava. Chamava-se “caruru”. Neste local nasceu Caruaru!

Postar um comentário

*
*