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Grandes nomes das artes: Euclides da Cunha

Nascido no Rio de Janeiro, em 20 de janeiro de 1866, Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha, o Euclides da Cunha, foi um autor de poucas obras, mas é reconhecido por aquela que viria a ser um dos grandes marcos da literatura brasileira: Os Sertões. A obra narra e retrata a vida do sertanejo, no Sertão baiano, bem como a Guerra de Canudos, cujo líder foi Antônio Conselheiro.
Euclides foi abolicionista e republicano, estudou na Escola Militar e ganhou o título de engenheiro. Ingressou na Escola Superior de Guerra, vindo a ser primeiro-tenente e bacharel em Matemática e em Ciências físicas e naturais, deixando a Escola de Guerra para trabalhar como coadjuvante de ensino na Escola Militar. Também atuou como engenheiro na construção da Estrada de Ferro Central do Brasil.

Capa do livro "Os Sertões"

Além de escritor pré-modernista, era jornalista, sociólogo, professor. Foi convidado a ser correspondente do jornal O Estado de São Paulo, para cobrir a guerra no município de Canudos, que ocasião Os Sertões, que analisa e narra os fatos da guerra. Veio a ser eleito em 21 de setembro de 1903 para a cadeira nº 7 da Academia Brasileira de Letras.

Os Sertões é uma narrativa de cunho histórico, que mistura ensaio e ciências naturais, sendo reconhecido como uma das mais importantes obras para os estudos da literatura e da ciência. Sua vida foi interpretada em minissérie de TV e o mesmo foi morto aos 46 anos em confronto com o amante de sua esposa – Ana Emílio Ribeiro, o cadete Dilermando de 17 anos, em 1909, sete anos após lançar sua grande obra. Por ser em legítima defesa, Dilermando foi absolvido e casou-se com Ana, que passou a se chamar Ana de Assis.

Euclides escreveu ainda Relatório da Comissão Mista Brasileiro-Peruana do Alto Purus, Contrastes e Confrontos, Peru Versus Bolívia, Castro Alves e o Seu Tempo e A Margem da História. Os Sertões (1902) tem como tema os personagens e cenários da insurreição de Canudos, em 1897, no norte da Bahia. Uma obra de qualidade única e que mostra toda a originalidade de Euclides da Cunha.

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