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A literatura também entra no clima Natalino. Os autores utilizam da riqueza da temática para explorar histórias divertidas e emocionantes. Um exemplo é o livro O Natal de Manuel, de Ana Maria Machado. Uma história que começa aparentemente simples e aos poucos vai crescendo em profundidade, em reflexão, sem perder o jeito gostoso de chegar bem perto do universo infantil. A história fala sobre a curiosidade de um menino, André, que quer saber o que significa Natal. De pergunta em pergunta, para os pais, para a irmã, para a avó, para os tios, para a cozinheira, para os amigos, em sua cabeça nada se esclarece, fica só cada vez mais confuso. Antes de dormir André ficou deitado pensando naquilo tudo. A cabecinha dele se lembrava de todas as coisas: Natal é o nascimento de Jesus. É tempo de ganhar dinheiro. É dia de ficar em casa sem trabalhar. É uma trabalheira. (…) É dia de menino ganhar presente. Uma história sobre valores, pessoas e pontos de vista diferentes e um final surpreendente.

Já o livro O Natal do Carteiro, de Allan Ahlberg, faz uma grande brincadeira com os personagens dos contos de fadas. O Carteiro tem que visitar todos os personagens para entregar a correspondência de Natal, mostrando que quando chega a época de Natal, o Papai Noel não é o único a arrancar os cabelos abarrotado de tantas tarefas. O Carteiro também trabalha em dobro para entregar todos os bons votos e desejos de felicidade – e alguns presentes também. Ao acompanhar a história do Carteiro, as crianças encontram os envelopes recheados de cartas, cartões e presentinhos – como jogos e livros – e aprendem a manter uma tradição milenar que, mesmo com o avanço dos contatos via telefone e principalmente da correspondência eletrônica, nunca perderá a sua função.