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Que tal aprender a se comunicar com um coleguinha surdo?

Você já teve ter visto e talvez não tenha entendido nada da comunicação entre pessoas surdas ou de quem se comunica com um, através de sinais com as mãos. Sabia que esse tipo de gesto é um idioma? Ele chama-se Libras – Língua Brasileira de Sinais e facilitou a vida das pessoas que nascem com deficiência auditiva, e nem conseguem falar, nem ouvir.

Essa linguagem surgiu em 1857, através do Instituto dos Surdos-Mudos, que foi a escola pioneira para surdos no Brasil. Hoje ela é chamada de Instituto Nacional da Educação de Surdos (INES). Por volta do Século XVIII, o abade francês Charles-Michel criou um sistema por meio de sinais para alfabetizar crianças surdas. A metodologia serviu de base para a criação da Libras.

Hoje a libras é reconhecida no Brasil, mas a luta foi grande até chegar a esta conquista. Foi tanto que, em 2004, foi criada uma lei que instituiu o uso de recursos visuais e legendas nas propagandas oficiais do governo. E, no dia 26 de setembro de 2008, veio uma grande conquista, a criação do Dia Nacional do Surdo. Dois anos depois, a profissão do tradutor e interprete de Libras foi regulamentada.

Ainda assim, poucas pessoas dominam ou se interessam em aprender essa linguagem, e ela é pouco conhecida na sociedade. O Laboratório de Neuropsicologia e Lingüística da Universidade de São Paulo criou dicionários que possuem 3 mil sinais. Você pode pesquisar e começar a se comunicar com aquele, amigo, coleguinha, vizinho que é surdo. Com certeza ele vai gostar muito de conversar e trocar ideias com você.

Quer saber mais sobre assunto? A gente sugere a leitura do livro Vendo vozes (edição de bolso) – uma viagem ao mundo dos surdos, de Oliver Sacks, ilustrado por Jeff Fisher. Numa fascinante incursão pelo universo dos surdos, o autor responde a diversas questões sobre esse mundo. Sua preocupação não é simplesmente apresentar ao leitor a condição daqueles que não conseguem ouvir. Acompanhando a história, os dramas e as lutas dessas pessoas, o leitor será levado a olhar para o seu próprio cotidiano de um modo inteiramente novo. Será capaz de ouvir, nos sons da linguagem, um pequeno milagre que se repete cada vez que uma nova sentença é proferida.

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