Dicas de Leitura

Leituras diferentes para se divertir nas férias


A história das camisas de todos os jogos
Ainda no clima da Copa do Mundo, a sugestão é A história das camisas de todos os jogos, de Paulo Gini e Rodolfo Rodrigues. O livro é resultado de uma pesquisa inédita e é bastante ilustrado, trazendo o uniforme utilizado pelas Seleções em todos os jogos das Copas do Mundo. Organizado cronologicamente, os capítulos apresentam a ficha com o resumo de cada Copa, curiosidades das camisas e dos jogos, os uniformes partida a partida e a tabela com o desempenho de cada equipe. Um capítulo especial traz a evolução das camisas da Seleção Brasileira e dados pitorescos, como a camisa vermelha que o time vestiu no Campeonato Sul-Americano de 1917.

MEMORIAL DO AMOR E VACINA DE SAPO

A segunda dica para ler nas férias é o livro Memorial do amor e vacina de sapo, de Zelia Gattai. A escrita de Zélia Gattai nunca se deixou guiar pelos protocolos literários, que pedem refinamento, estilo e sentido. Desenrolou-se, ao contrário, à margem da literatura. Fixada entre a ficção e a realidade, e fazendo de si mesma uma figura ficcional, Zélia usou a literatura como um mirante, do qual – protegida pelas armaduras do imaginário – pôde se debruçar, com leveza e liberdade, sobre o mundo real. Mesmo quando editados em separado, nos formatos em que ela os escreveu, seus livros guardam elos secretos, que os transformam em um único livro. As fronteiras de gênero e os cânones nunca interessaram a Zélia. Daí que, reunidos agora em um só volume, Memorial do amor, de 2004, e Vacina de sapo, de 2005, apresentam uma súbita coerência, ainda que marcada pela incoerência. Os pontos de partida divergem. No primeiro livro, ela parte de recordações de sua vida amorosa com Jorge Amado. No segundo, de recordações esparsas, organizadas só pelo puro prazer de relatar.

O SANDUICHE DA MARICOTA

Por fim, uma dica divertida é O sanduiche da Maricota, de Avelino Guedes. A galinha Maricota só queria preparar um simples sanduíche com pão, milho, quirera e ovo. Quando se preparava para se deliciar com o seu lanche, começou a confusão. Primeiro foi o bode Serafim, que colocou capim na refeição. Depois foi a vez do gato que, sem pedir licença, meteu uma sardinha no pão. João, como bom cachorro, disse que sem osso o petisco não teria gosto bom. Não satisfeita, Maricota ainda teve que aguentar a intromissão da abelha que, agitada, pôs mel no sanduíche. Da janela, ouvindo o papo, o macaco aumentou a bagunça e colocou uma banana no lanche da galinha. Para piorar as coisas o rato logo se apressou em colocar uma fatia de queijo e a raposa falou coisa pior: faltava uma galinha! Maricota ficou brava, colocou os bichos para correr, jogou fora o motivo de tanta discussão e começou tudo de novo, dessa vez do jeito dela.

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