Através da brincadeira é possível descobrir novas culturas. De uma forma lúdica e divertida, as crianças – e até adultos – ampliam os seus conhecimentos. E uma maneira interessante para aprender sobre a vida indígena é brincar de índio! Então, o que você está esperando? Junte seus amiguinhos. Para a sua brincadeira ficar mais interessante conte com a colaboração de um adulto.
Comece as atividades se caracterizando de índio. Para isso pintem macarrões furadinhos e façam colares, pulseiras, cintos e tornozeleiras imitando arte indígena. Para fazer um cocar é só colar penas coloridas entre os macarrões. Depois de colocar os acessórios e ficar fantasiado de índio, é a hora da leitura. Escolham algumas lendas indígenas, leiam em grupo e aproveite para conhecer ainda mais sobre esse povo. Na internet é possível encontrar algumas lendas. O site da Fundação Joaquim Nabuco é uma ótima referência (www.fundaj.gov.br)
Para finalizar a tarde de brincadeiras, nada melhor do que um lanche. Peça para a sua mãe comprar ou fazer comidas típicas do povo indígena, como tapioca, beiju (ou biju) e pipoca. Para acompanhar sucos da estação.
Por que 19 de abril?
Os índios fazem parte da nossa história e têm muito a nos ensinar. E justamente por serem importantes foi reservada uma data no calendário anual para comemorar do Dia do Índio, que é 19 de abril. A data foi criada no ano de 1940, dia em que foi realizado o I Congresso Indígena da América Latina, no México. O evento teve como objetivo de divulgar a cultura indígena em toda a América e também para que os governos criassem normas em relação à qualidade de vida dos povos indígenas, que ainda sofriam com a discriminação do homem branco.
LENDAS INDÍGENAS
A VITÓRIA-RÉGIA
Contam que certa vez uma linda índia, apaixonada, quis transformar-se em estrela. Na esperança de ver seu sonho realizado, a linda jovem lançou-se às águas misteriosas do rio, desaparecendo em seguida.
Iaci, a lua que presenciou tudo, num instante de reflexão, apiedou-se dela por ser tão linda e encantadora. Deu-lhe como prêmio a imortalização aqui na terra. Por não ser possível levá-la para o reino astral, transformou-a em vitória-régia (estrela das águas), doou-lhe um adorável perfume e espalmou-lhe as folhas para melhor refletir sua luz, nas noites de lua cheia.
O CURUPIRA
É um ser do tamanho de uma criança de seis a sete anos, anda nu, é peludo como o bicho preguiça, tem unhas compridas e afiadas, o calcanhar para frente e os pés para trás.
Toma conta da mata e dos animais mora nos buracos das árvores que tem raízes gigantescas, muito comuns da floresta amazônica.
Ele ajuda os caçadores e os pescadores que fazem o seu pedido e em troca oferecem-lhe cachaça, fósforo e fumo. Este ofertório é para que o indivíduo tenha fartura nas caçadas, pescarias e roçados.
As pessoas que não tem devoção para com ele sentem medo, enjôo e náuseas a quilômetros de distância dele. Com essas pessoas ele brinca fazendo com que elas se percam na mata.
Para se livrar do curupira deve-se cortar uma vara fazer uma cruz e colocar em um rolo de cipó tumbuí, bem apertado. Ele vê esse objeto e procura desmanchar o enrolado, enquanto ele fica entretido a desmanchar o enrolado a pessoa tem tempo para fugir.