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Todo professor um dia já foi criança e sabe como é difícil, em alguns momentos, ter estímulo para estudar e, principalmente, aprender.

Alunos, aparentemente, mais preguiçosos podem ter, na verdade, dificuldade de aprendizagem, seja por problemas diversos, ou até mesmo por conta do método didático.

Alguns alunos podem sofrer distúrbios, é bom ficar atento para identificar os hiperativos, que possuem déficit de atenção ou dislexia, por exemplo. Muitas vezes vai ser preciso pedir ajuda e encaminhar a um especialista adequado.

É certo que o aluno também deve estar disposto a aprender. Mas, algumas atitudes podem dar uma força a mais nesse processo. Primeiro de tudo, é preciso ter um bom relacionamento com os estudantes. Professores “carrascos” e temidos demais não são o melhor caminho e podem bloquear e prejudicar a criança para o resto da vida. Tenha atenção, respeito e paciência. É preciso entender a dificuldade de cada um e perceber que cada indivíduo tem seus limites. Chamar individualmente pelo nome mostra atenção e consideração, preocupação, afeto.

Dar desafios e estimular a vencer seus obstáculos, gerando confiança, segurança e incentivo à curiosidade nas tarefas escolares, tanto em sala de aula, quanto em casa. Despertar o interesse pelo novo, pelo conhecimento ajuda a ir em busca de novidades. Trazer fatos reais, bem como casos e exemplos bem próximos da realidade da criança também contribui.

Uma forma de gerar curiosidade pelo novo é utilizar ferramentas e recursos tecnológicos, a exemplo de vídeos no YouTube, redes sociais, filmes e reportagens. Tem que se aproximar do universo e da linguagem que as crianças entendem. A solução pode estar em planejar conteúdos interessantes, menos monótonos, e evitar falas e aulas mornas demais, afinal a criança pode ficar entediada. Mantenha um ritmo de aula e de entonação que todos acompanhem, nem rápido demais, nem lento demais.

Também evite dar conteúdos demais de uma só vez, faça pausas, brinque com eles. Se o assunto for complexo, ministre aos poucos, observando o interesse de cada um, e chamando atenção.

De maneira geral, observar as individualidades e peculiaridades de cada um pode contribuir bastante para o aprendizado coletivo ou individual. Planeje as aulas com antecedência, e pense se aqueles recursos didáticos e métodos iriam interessar a criança que você era.