Dicas de Leitura

Leituras para comemorar os 100 anos de Policarpo Quaresma

Já que neste mês é comemorado o centenário da obra Triste fim de Policarpo Quaresma, a gente indica a leitura desta obra tão valiosa para a literatura brasileira. De autoria de Lima Barreto e César Lobo, a obra fala do personagem que é patriota ao extremo, o Policarpo Quaresma, que passa grande parte de seu tempo lendo e tendo ideias mirabolantes para o progresso do país. Mas seus sonhos em pouco tempo se adéquam à realidade… Os momentos bem-humorados e o caráter crítico da obra de Lima Barreto ficaram ainda mais vivos nesta HQ.

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Na sequencia, a recomendação é a obra Policarpo Quaresma das crianças. Aqui, o clássico de Lima Barreto é recontado por Luiz Galdino para a série infantil, da coleção Clássicos do mundo, intitulando-se Policarpo Quaresma das crianças. A narrativa situa-se no início do século XX, quando o Brasil passava por significativas transformações sociais. O personagem Policarpo Quaresma nasceu sob o céu da jovem república brasileira, como “um patriota de ação, tomado de um sentimento sério, grave e absorvente pelo seu país”. Com orgulho exacerbado pela pátria, o Major Quaresma – como era conhecido – tinha ideias e atitudes inusitadas como o projeto que apresentou à Câmara para substituir a língua portuguesa pelo tupi-guarani ou o comportamento excêntrico de cumprimentar as pessoas chorando, se descabelando como faziam os tupinambás.

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E para quem se interessou pelo escrito Lima Barreto, a terceira sugestão de leitura é o livro Melhores contos de Lima Barreto. Lima Barreto morreu em novembro de 1922, em sua casa suburbana de Todos os Santos, no Rio de Janeiro, lendo a Revue des Deux Mondes. Tinha 41 anos e deixava a obra de ficção mais importante da literatura brasileira, depois de Machado de Assis.

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A sua morte, alguns meses depois da Semana de Arte Moderna, tem alguma coisa de simbólica. É como uma espécie de retirada de cena de um Brasil arcaico, preso a valores em acelerado processo de erosão, diante do fulgor de um novo mundo que ansiava por se manifestar, por bem ou à força. No prefácio aos Melhores Contos Lima Barreto, Francisco de Assis Barbosa lembra a analogia estabelecida por Otto Maria Carpeaux entre Lima e os escritores norte-americanos da década de 1910, iniciadores de uma literatura de protesto chamada à época de “remoção do lixo”.

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