Dicas de Leitura

Leituras sobre arte, aventuras e ficção

Aprender sobre arte nunca é demais e pode incentivar os jovens a se interessarem pelo assunto. Que tal a leitura do livro de Os artistas brasileiros na Escola de Paris, de Marta Rossetti Batista? Resultado de uma das mais completas pesquisas já realizadas sobre o Modernismo brasileiro, este estudo, que permaneceu até hoje inédito, acompanha a trajetória dos principais artistas brasileiros nos momentos que antecederam e se seguiram à Semana de Arte Moderna de 1922, quando um grupo importante de pintores e escultores passou extensas temporadas radicado na então capital mundial da arte, a Paris da folle époque. Brecheret, Vicente do Rego Monteiro, Tarsila, Di Cavalcanti e Anita Malfatti, entre outros, juntamente com artistas brasileiros educados na

França, como Ivan da Silva Bruhns e José de Andrada – dois expoentes da Art Déco cuja importância foi resgatada neste trabalho -, têm sua biografia e sua produção artística nos anos 1920 aqui analisadas, assim como sua inserção no meio artístico parisiense. Marta Rossetti Batista (1941-2007), uma das mais renomadas historiadoras da arte brasileiras, traçou o quadro completo de um período crucial na constituição da arte moderna de nosso país.


A segunda dica da semana é um dos famosos livros de José Saramago, o Ensaio Sobre a Cegueira. Um motorista parado no sinal se descobre subitamente cego. É o primeiro caso de uma “treva branca” que logo se espalha incontrolavelmente. Resguardados em quarentena, os cegos se perceberão reduzidos à essência humana, numa verdadeira viagem às trevas. O Ensaio sobre a cegueira é a fantasia de um autor que nos faz lembrar “a responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam”. José Saramago nos dá, aqui, uma imagem aterradora e comovente de tempos sombrios, à beira de um novo milênio, impondo-se à companhia dos maiores visionários modernos, como Franz Kafka e Elias Canetti. Cada leitor viverá uma experiência imaginativa única. Num ponto onde se cruzam literatura e sabedoria, José Saramago nos obriga a parar, fechar os olhos e ver. Recuperar a lucidez, resgatar o afeto: essas são as tarefas do escritor e de cada leitor, diante da pressão dos tempos e do que se perdeu: “uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos”.

Por fim, a sugestão de leitura é a obra Doctor Who – A Cidade Da Morte, de James Goss. Paris, 1979. O Doutor leva Romana para um dia de folga, mas, enquanto almoçam em um dos charmosos cafés da cidade, o tempo parece saltar, deslizando alguns segundos para trás. Intrigado, o Doutor não demora a identificar uma rachadura no espaço-tempo. Em outro canto da capital francesa, o conde Scarlioni patrocina perigosas — e caríssimas — experiências com o tempo. Para isso, decide roubar a Mona Lisa e revendê-la. Um plano ousado, ainda mais quando os Senhores do Tempo descobrem que ele tem não apenas uma, mas sete Mona Lisas escondidas no porão: e todas são verdadeiras. Com a ajuda do detetive Duggan, especialista em esmurrar pessoas, o Doutor e sua companion precisam deter os planos do elegante e misterioso conde Scarlioni — e das onze versões dele! —, para que a humanidade tenha chance de sobreviver. Baseado no roteiro original de Douglas Adams, Cidade da morte é o episódio de Doctor Who mais assistido de todos os tempos. Uma aventura do Quarto Doutor e sua companion Romana, cheia de humor, reviravoltas e, claro, planos mirabolantes para salvar o universo. “

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