Entrevistas

Varejito entrevista Severino Rodrigues: bate-papo com um autor juvenil

Apaixonado por livros e pela literatura. É assim que podemos definir Severino Rodrigues, autor juvenil pernambucano. Na verdade, ao conhecer ele um pouquinho podemos dizer que é (r-e-a-l-m-e-n-t-e) viciado por esse mundo literário. Severino tem dois livros publicados: Sequestro em Urbana e Mistério em Verdejantes. Mistério, suspense e emoção são as palavras-chaves de suas obras. Essa mistura de temas é sempre interessante e deve ser por isso que ele consegue prender a atenção dos adolescentes que leem os seus textos. Para conhecer um pouco mais sobre seu trabalho e vivência no mundo da literatura, o Varejito bateu um papo bem legal com Severino. Descobrimos que ele ler uma média de oito livros por mês! (Já parou para contar quantos livros você ler?). E que escrever um livro, apesar de ser bem trabalhoso, é muito prazeroso. Como todo jovem é super conectado com as redes sociais e quem quiser, após ler a nossa entrevista, continuar o bate-papo com ele, basta entrar em contato através de duas redes sociais (E-mail: [email protected], Twitter: @serodrigues, Instagram: serodrigues.08 e Facebook: www.facebook.com/serodrigues).

Varejito – Desde quando começou a se interessar por livros? Houve estímulo por parte da família ou se interessou sozinho?

Desde pequeno os livros sempre chamaram minha atenção, mas meu contato maior com eles começou mesmo a partir da escola. Gosto de frisar que sou um leitor formado, sobretudo, pela escola. Na minha trajetória, tive a sorte de encontrar professores que estimularam o hábito da leitura e foi, principalmente, com as leituras obrigatórias – mas para mim muito prazerosas – do ensino fundamental que passei a devorar os livros com afinco. Primeiro, os meus; depois, o do meu irmão; e a partir daí, pegando emprestando os dos colegas de classe e amigos.

Varejito – Quanto livros você costuma ler por mês?

Varia bastante. Mas, em torno, de uns oito. Às vezes mais, quando o número de páginas é menor; às vezes menos, quando a linguagem é mais desafiadora. Fora eles, ainda tem os mangás que coleciono e os livros infantis que também leio quando visito alguma livraria.

Varejito – Como surgiu a ideia de fazer um livro?

Quando pequeno, já me consideravam muito criativo. Eu brincava muito no quintal inventando minhas próprias aventuras. Recordo de transformar, na minha imaginação, um cabo de vassoura quebrado nos mais variados objetos, como espadas, arcos, lanças… E, no colégio, aos poucos as redações que produzia iam ficando cada vez maiores, ultrapassando as típicas vinte ou trinta linhas que, para muitos estudantes, eram sofridas de escrever. Além dos professores, meus amigos de turma falavam que nas provas eu escrevia um livro. Bem, o tempo passou e inventei de colocar no papel as ideias que foram surgindo na minha cabeça.

Varejito – É difícil escrever um livro? De onde vem a inspiração?

É difícil sim. Mas é um difícil prazeroso. Na realidade, é um desafio. Colocar com clareza as suas ideias por escrito, aprofundar os personagens, amarrar os detalhes da história, manter o ritmo e surpreender o leitor no final não é fácil. Além, é claro, de trabalhar a linguagem literária… Cada projeto tem o seu grau de dificuldade. Já a inspiração vem das mais diversas situações e chega a qualquer momento, desde você andando de ônibus ou enquanto toma banho. No caso do meu novo livro, Mistério em Verdejantes, estava na área de onde moro, observando algumas plantas quando pensei: “E se alguém começasse a roubar todas as folhas das árvores?” E uma ideia foi puxando a outra…

Varejito – Por que escrever para o público infanto-juvenil?

Porque não cresci! Kkkkk Na realidade, foi a literatura juvenil que me formou como leitor. Muitos autores contemporâneos infantis e suas obras-primas só cheguei a ler depois de maior… E eu leio muito a literatura escrita, especialmente, para esse público, acompanho as novidades do mercado editorial… Me sinto muito à vontade nesse espaço. Sem falar que sou professor e o contato com os pré-adolescentes e adolescentes diariamente também me inspira muito!

Varejito – O que o leitor vai encontrar em seus livros?

Mistério, suspense e emoção. Essas são as palavras-chaves dos meus dois primeiros livros. O Sequestro em Urbana conta a história do Pedro, um adolescentes de 17 anos, que tenta descobrir o que aconteceu com o Renato, o melhor amigo dele, que foi sequestrado. O Pedro, então, sai pelas ruas da cidade fictícia de Urbana, procurando pistas e suspeitos a fim de desvendar o caso. O leitor é também detetive acompanhando os avanços e tropeços do protagonista. Já no Mistério em Verdejantes, que estou lançando neste semestre, uma turma de adolescentes em meio às confusões da adolescência, como brigas entre amigos e amores não correspondidos, se envolve num ecomistério: as folhas das árvores centenárias da cidade de Verdejantes (outra cidade fictícia) estão desaparecendo e eles vão desvendar quem estar por trás disso. Aqui, são oito protagonistas e, com toda certeza, quem lê, vai se identificar com pelo menos um deles.

Varejito – Que tipo de literatura você prefere? E quais autores são os seus preferidos?

Leio de tudo. E quando gosto, devoro sem parar mesmo. Além da literatura juvenil, sou fissurado por contos e crônicas. Inclusive, escrevo esses dois gêneros e, entre meus projetos futuros, quero publicar algumas antologias. Na literatura juvenil, meus autores brasileiros preferidos são o Pedro Bandeira, o Marcos Rey, o Renato Tapajós, o Ricardo Azevedo, a Eliana Martins, o Luís Dill, o Tiago de Melo Andrade… Nos contos, Rubem Fonseca, Dalton Trevisan, Luiz Vilela, Lygia Fagundes Telles; e nas crônicas, Fernando Sabino, Luis Fernando Verissimo, Affonso Romano Sant’Anna… Ah, nos romances tem o Graciliano Ramos, a Ana Miranda, o Daniel Galera… São muitos! Hehe

Varejito – Qual a importância da leitura em sua vida?

Toda. A escrita também. Se você me encontrar um pouco estressado, provavelmente é porque não estou lendo o que gostaria ou não conseguindo escrever um livro novo. Os livros se tornariam algo de vital importância para mim. Sem eles, perco a minha identidade.

Varejito – Qual dica você daria para que outros jovens sejam estimulados à leitura?

Coragem! Não tenham medo de enveredar nas tramas de um livro. Aceitem o desafio e se aventurem. Vocês podem gostar muito ou talvez até não curti certa história, mas o que não falta é um incrível e imenso mundo de mistérios, episódios engraçados, histórias de vida… Opção de caminho a escolher não falta! Por isso, não desanimem no primeiro obstáculo. AVANTE, LEITORES!

2 Comentários

  1. top 100
    Postado em 7 de junho de 2017 às 19:13

    quantos anos e em que ano Serino Rodrigues nasceu ?

    • Bloguito
      Postado em 29 de setembro de 2017 às 2:54

      Huumm… tivemos que perguntar ao autor. Ele tem 25 anos. 🙂

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