E o período de festas juninas chegou! Que tal separar um tempinho para ler um pouco sobre livros temáticos da época? A primeira dica é O Último Trem do Forró, de Edvaldo Arlégo. A obra conta que viajando a Caruaru, aprendem-se os segredos dos festejos juninos: a dança, as adivinhações, a culinária e a música. O livro acompanha CD de José Airton e ao final, uma quadrilha para ser marcada.
Uma bela leitura de Cora Coralina é o Poema do Milho. Esta poetisa chamada Ana Lins dos Guimarães Peixoto Brêtas, cujo pseudônimo é Cora Coralina, começou a escrever poemas na adolescência. Porém, publicou seu primeiro livro somente aos 76 anos. Poema do Milho é um dos poemas desta sua primeira obra: Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais. Em Poema do Milho a autora revela, com expressiva naturalidade, o ritual do plantio e da colheita vivido pelo povo da roça. Milho…/ Punhado plantado nos quintais./ Talhões fechados pelas roças. (…) Milho verde. Milho seco. Bem granado, cor de ouro. (…) Milho quebrado, debulhado/ na festa das colheitas anuais. Seus versos são de uma simplicidade marcante, aliada a uma profunda experiência existencial, e trazem à tona a possibilidade de refletir sobre questões sociais, entre elas, o uso da terra.
Depois de trabalhar a terra e plantar as sementes, nada mais alegre do que colher os frutos. As festas juninas brasileiras, principalmente no Nordeste, celebram a prosperidade e a fartura das colheitas. Por isso, nossa terceira sugestão, Bandeira de São João, de Ronaldo Correia de Brito e Assis Lima, conta, em uma narrativa simples e metafórica, a história do desaparecimento do sol, que se escondeu deixando a terra escura e triste. O noivo e a noiva iam se casar à luz de uma fogueira, mas se perdem. A Boneca de Milho não amadurece em espiga e o pássaro Uanari não canta mais. Só há uma maneira de trazer a alegria de volta, realizar o casamento e dançar uma quadrilha, achando o sol. Os personagens passam por várias provas nessa busca, sem perder a coragem e o sonho. Bandeira de São João fala de amadurecimento e dos obstáculos que cada indivíduo deve superar para viver melhor. Baseada em brincadeiras populares da região nordeste, os autores criaram uma peça teatral divertida e cheia de sabedoria, que, mesmo com a aparência infantojuvenil, é escrita para todas as idades.
3 Comentários
Eu amei esas historias que legal mano
Que que isso lele
Eu amei esas historias que legal mano
Que que isso lele😄😍
🙂