Curiosidades Dicas de Leitura

História, mistérios e leituras recomendadas

Dicas de Leitura

E esta semana indicamos para vocês algumas sugestões de leitura bem bacanas. A primeira é o Assassinato na Literatura Infantil, de João Carlos Marinho e ilustrado por Camila Mesquita.

Assassinato na literatura infantil

A mãe do gordo funda uma Sociedade Cultural com sede no bairro de Vila Madalena que é uma região intelectual da cidade de São Paulo e oferece o troféu Visconde de Sabugosa para o escritor que fizer o melhor livro infantil.

Além do troféu, o vencedor (ou vencedora) receberá cem mil dólares oferecidos pelo pai do gordo. Um júri de seis intelectuais vai decidir entre os cinco escritores finalistas quem levará o troféu e o dinheiro. A decisão será tomada publicamente no palco da Sociedade Cultural onde cada jurado dará o seu voto numa cerimônia muito chique. Os cinco escritores finalistas, cada um com a sua torcida e suas faixas de “já ganhou” na platéia, estão muito nervosos. Pelo título, o mais distraído leitor já adivinhou que essa história tem muito tempo e mistério pela frente…

A história dos escravos

E, na semana da abolição da escravatura, a indicação é o livro A História dos Escravos, de Isabel Lustosa.  A obra sobre a história dos escravos integra a coleção Memória e História, voltada basicamente para o passado brasileiro e para as diferenças e semelhanças entre os inúmeros grupos que constituem a população do Brasil. Mantendo a fidelidade aos fatos históricos, nesta narrativa infanto-juvenil a historiadora Isabel Lustosa conta às crianças como era o Brasil dos escravos. O texto se organiza em torno da curiosidade de Chico, um menino da cidade que vai passar uns dias na fazenda do avô e acaba aprendendo o que representou a escravidão na formação do Brasil e suas consequências na vida atual do país. A história é apoiada por rico material iconográfico da época – anúncios de jornal, reprodução de obras de Debret – e pelas ilustrações da artista gráfica Maria Eugenia.

Primeiras leituras

Por último, a dica é a obra Primeiras Leituras, de Paulo Mendes Campos. Poucos souberam traduzir em palavras o cotidiano com a maestria e a inteligência de Paulo Mendes Campos. Observador onívoro, leitor refinado, criador original, este mineiro que passou boa parte de sua vida no Rio de Janeiro figura entre os maiores da nossa crônica, ao lado de outros mestres como Rubem Braga e Fernando Sabino. Apaixonado pela alma encantadora das ruas do Rio de Janeiro – em especial do bairro de Ipanema, onde era um de seus personagens mais marcantes -, Paulo Mendes Campos circulava com igual desenvoltura pelos muitos volumes de sua biblioteca. Leitor sério, tradutor da melhor poesia estrangeira e sempre atualizado com o que de melhor se fazia em termos de literatura, o cronista sempre equilibrou-se, com inédita habilidade, entre a leveza deste gênero tão brasileiro e o estilo da alta literatura. Uma mistura única.Esta reunião de crônicas traça um divertido panorama da obra em prosa de Paulo Mendes Campos. Em livros como Hora do Recreio, O cego de Ipanema, O anjo bêbado, entre outros, o autor praticou as mais diversas modalidades de crônica. Da observação bem-humorada do Rio de Janeiro a pequenas ficções e causos que revelam o fino estilista do idioma, sempre atento às transformações da língua popular, o que se tem aqui é uma signifi cativa amostra de um dos nossos mais encantadores e populares autores.

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